sexta-feira, 15 de março de 2013

CONHECENDO A SALVAÇÃO QUE HÁ EM JESUS

                                                                                                                       
                                                CONHECENDO A SALVAÇÃO

                                                                         
Rm 5.12 ; Lv 25 ; Ez 18.4 ; Gl 5.4 ; Is 53 ; Gl 3.13 ; Jo 1.12

QUANDO NOS APROXIMAMOS DE DEUS, ELE AGE DE QUATRO MANEIRAS A NOSSO FAVOR:

1-PERDOA: É A EXONERAÇÃO (DESOBRIGAR, LIVRAR ) DA PENA PELAS AÇÕES PECAMINOSAS DO HOMEM (1 Jo 1. 7 mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado)

2-JUSTIFICA: DEUS DECLARA OS PECADOS CONDENADOS, LIVRES DE TODAS AS CONSEQÜÊNCIAS ETERNAS. Hb 10. 14 Pois com uma só oferta tem aperfeiçoado para sempre os que estão sendo Santificados.15 E o Espírito Santo também no-lo testifica, porque depois de haver dito: 16 Este é o pacto que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seus corações, e as escreverei em seu entendimento; acrescenta: 17 E não me lembrarei mais de seus pecados e de suas iniqüidades. 18 Ora, onde há remissão destes, não há mais oferta pelo pecado. 19 Tendo pois, irmãos, ousadia para entrarmos no santíssimo lugar, pelo sangue de Jesus, 20 pelo caminho que ele nos inaugurou, caminho novo e vivo, através do véu, isto é, da sua carne, 21 e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, 22 cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência, e o corpo lavado com água limpa, 23 retenhamos inabalável a confissão da nossa esperança, porque fiel é aquele que fez a promessa; )

3-REGENERAR : É A OBRA DO ESPÍRITO SANTO QUE, POR MEIO DE CRISTO, DÁ NOVA VIDA À PESSOA QUE ESTAVA MORTA EM PECADOS E TRANSGRESSÕES.
2 Co 5. 17 Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.
AP 22. 11 Quem é injusto, faça injustiça ainda: e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, santifique-se ainda.
1 Ts 4. 3 Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição, 4 que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santidade e honra,
Lv 20. 7 Portanto santificai-vos, e sede santos, pois eu sou o Senhor vosso Deus.

4-ADOTA: RECEBIDO NA FAMÍLIA DE DEUS COM PRIVILÉGIOS DE FILHO.
Ef 2. 19 Assim, pois, não sois mais estrangeiros, nem forasteiros, antes sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus,
Hb 2. 10 Porque convinha que aquele, para quem são todas as coisas, e por meio de quem tudo existe, em trazendo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse pelos sofrimentos o autor da salvação deles.
11 Pois tanto o que santifica como os que são santificados, vêm todos de um só; por esta causa ele não se envergonha de lhes chamar irmãos,
12 dizendo: Anunciarei o teu nome a meus irmãos, cantar-te-ei louvores no meio da congregação.
13 E outra vez: Porei nele a minha confiança. E ainda: Eis-me aqui, e os filhos que Deus me deu.
14 Portanto, visto como os filhos são participantes comuns de carne e sangue, também ele semelhantemente participou das mesmas coisas, para que pela morte derrotasse aquele que tinha o poder da morte, isto é, o Diabo;
15 e livrasse todos aqueles que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à escravidão.
16 Pois, na verdade, não presta auxílio aos anjos, mas sim à descendência de Abraão.
17 Pelo que convinha que em tudo fosse feito semelhante a seus irmãos, para se tornar um sumo sacerdote misericordioso e fiel nas coisas concernentes a Deus, a fim de fazer propiciação pelos pecados do povo.
18 Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados.

                                                                
A HISTÓRIA DA NOSSA SALVAÇÃO

INTRODUÇÃO:
O APÓSTOLO PAULO EM Ef 2.1-10 NOS MOSTRA OS TRÊS TEMPOS DA NOSSA SALVAÇÃO: PASSADO, PRESENTE E FUTURO. O QUE ÉRAMOS, O QUE SOMOS E O QUE SEREMOS EM CRISTO JESUS. É COMO SE JÁ ESTIVÉSSEMOS NO CÉU COM DEUS, FAZENDO UMA RETROSPECTIVA DE NOSSA EXISTÊNCIA.

1.     NO PASSADO, O QUE ÉRAMOS:
ANTES DE ACEITARMOS A CRISTO, COMO ÉRAMOS? ESSE É O NOSSO PASSADO. TANTO PARA QUEM NASCEU NUM LAR EVANGÉLICO, COMO PARA QUEM NUNCA OUVIU FALAR DO EVANGELHO, NÃO IMPORTA, TODOS PECARAM E DESTITUÍDOS ESTÁVAMOS DA GLÓRIA.
   1.1     ESTÁVAMOS MORTOS EM OFENSAS E EM PECADOS (V.1)
MORTE=SEPARAÇÃO DE DEUS
INÍCIO DA MORTE NA TERRA = ADÃO (VER Gn 3 = O PECADO E Gn 5 FILHO DE ADÃO = IMAGEM DE ADÃO.)
DAÍ EM DIANTE AS MORTES SE MANIFESTAM = MORTE ESPIRITUAL (ESPÍRITO SEPARADO DE DEUS = MORTO PARA DEUS), MORAL (ALMA = SÓ QUER APRENDER E FAZER O QUE É CONTRÁRIO A DEUS) E FÍSICA (CORPO = SÓ QUER FAZER O QUE LHE DÁ PRAZER = COMER , BEBER, DORMIR E SEXO).
OS PECADOS SÃO FRUTOS DO PECADO QUE HERDAMOS DE ADÃO, SÃO OFENSAS A DEUS, SÃO DELITOS QUE MERECEM CASTIGO, MERECEM PUNIÇÃO.
   1.2     ANDÁVAMOS SEGUNDO O CURSO DO MUNDO (V.2)
É SEGUIR CONFORME O PENSAMENTO HUMANO, É O VIVER SEGUNDO A MODA, MODA ESTA QUE É DIRECIONADA E PLANEJADA POR SATANÁS, ATRAVÉS DE SEUS SÚDITOS, PRINCIPALMENTE LÉSBICAS E GAYS (COSTUREIROS E MARCHANDS).
   1.3     FAZÍAMOS A VONTADE DA CARNE (V.3)
É A NATUREZA INCLINADA AO PECADO, QUE ATENDE AOS DESEJOS (CONCUPICÊNCIA) DEGRADANTES DO PECADO. É A VONTADE SUBJUGADA AO PECADO. A CARNE COBIÇA CONTRA O ESPÍRITO.
   1.4     ÉRAMOS FILHOS DA IRA (V.3)
A IRA DE DEUS É UMA REAÇÃO NATURAL E AUTOMÁTICA DE SUA SANTIDADE CONTRA O PECADO. É UMA BARREIRA ESPIRITUAL QUE SUA NATUREZA SANTA E ETERNA MANTÉM CONTRA O PECADO. ASSIM COMO DEUS AMA, ELE CASTIGA E REPREENDE A QUEM ELE AMA E ABORRECE AQUELE QUE O ABORRECE E LHE É INFIEL.

2.     NO PRESENTE, O QUE SOMOS:
DEPOIS QUE ACEITAMOS A JESUS CRISTO COMO SENHOR E SALVADOR, O QUE SOMOS? ESSE É O NOSSO PRESENTE. É SÓ PARA CRENTES  SALVOS.
   2.1     SOMOS FILHOS DA MISERICÓRDIA DE DEUS (V.4)
É O CONTRÁRIO DE IRA DE DEUS. É TER DÓ, COMISERAÇÃO PELA MISÉRIA DE OUTREM. A PALAVRA DEUS MUDA TUDO NA VIDA DE QUALQUER QUE SE CHEGA A ELE. SUA MISERICÓRDIA É INDESCRITÍVEL.

   2.2     FOMOS VIVIFICADOS EM CRISTO (V.5)
ANTES, ESTÁVAMOS MORTOS NO PECADO, SEPARADOS DE DEUS; AGORA ESTAMOS VIVOS POR CAUSA DA MORTE DE CRISTO EM NOSSO LUGAR; ASSIM COMO O PODER DE DEUS VIVIFICOU A CRISTO NÓS TAMBÉM MORREMOS COM CRISTO E RESSUSCITAMOS PARA UMA NOVA VIDA, AGORA, VIVOS PARA DEUS, MORTOS PARA O PECADO. SAÚDE ESPIRITUAL=AMOR, GRAÇA E MISERICÓRDIA.

   2.3     TEMOS UMA NOVA CIDADANIA COM DEUS (V.6)
ANTES CANSADOS DO PECADO, AGORA DESCANSO, ASSENTADOS NOS LUGARES CELESTIAIS.
CIDADÃOS TÊM NORMAS = CONSTITUIÇÃO, NÓS COMO CIDADÃOS DOS CÉUS TEMOS NORMAS = BÍBLIA
O CRISTÃO VERDADEIRO E AUTÊNTICO VIVE SOB ESSE NOVO GOVERNO (DE DEUS) E NÃO SE CONFORMA COM ESTE MUNDO DE CORRUPÇÃO.
   2.4   SOMOS FEITURA DE DEUS (V.10)
A TRANSFORMAÇÃO OPERADA PELO ESPÍRITO SANTO NA VIDA DO PECADOR O RECRIA ESPIRITUALMENTE, NÃO QUER DIZER QUE RETIRA O ESPÍRITO DO HOMEM E COLOCA OUTRO NOVO, MAS FICA TÃO PERFEITO QUE PARECE QUE É UM NOVO. AGORA VAMOS FAZER BOAS OBRAS, NÃO PARA SERMOS SALVOS OU PARA GANHARMOS RECONHECIMENTO OU PRÊMIO, MAS PORQUE AGORA ISSO É NATURAL EM NOSSA VIDA.

3.     NO FUTURO, O QUE SEREMOS:
O PECADO TROUXE O MEDO DO FUTURO. O SALVO ESTÁ TRANQÜILO QUANTO AO SEU FUTURO E PREPARADO PARA ELE.

   3.1     SEREMOS A PROVA DA OBRA REDENTORA (V.7)
MOSTRAR NOS SÉCULOS VINDOUROS. Hb 2 = EIS-ME AQUI E OS FILHOS QUE TU ME DESTE.
Is 53 = ELE VERÁ SUA POSTERIDADE E FICARÁ SATISFEITO (COM O SACRIFÍCIO QUE FEZ)
COMO DEUS COMPROVARÁ QUE TINHA UM PLANO DE SALVAÇÃO PARA O HOMEM QUE ELE TANTO AMA?
RESPOSTA=MOSTRANDO-NOS LÁ NO CÉU AO SEU LADO.

   3.2     SEREMOS O TESTEMUNHO DA MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA DE DEUS (VV.8,9)
PELA GRAÇA SOMOS SALVOS, POR MEIO DA FÉ. SOMOS FALA DE CONTINUIDADE, DEUS NÃO NOS DESAMPARA E NEM NOS DEIXA SÓ, ELE É O NOSSO SOCORRO BEM PRESENTE NA HORA DA ANGÚSTIA.
A GRAÇA É A FONTE QUE DEUS ABRIU NO CALVÁRIO E QUEM QUISER TOME DE GRAÇA DA ÁGUA DA VIDA. EXEMPLO DAVI E MEFIBOSETE (SE DISSESSE NÃO QUERO, PERDERIA TUDO). TOME POSSE DA VIDA ETERNA. TEMOS BÊNÇÃOS QUE TOMAMOS POSSE AGORA E OUTRAS QUE SÓ DEPOIS.

                
                      AS BÊNÇÃOS DA SALVAÇÃO Ef 1.4-14
 1-    Eleição:
 É a escolha de DEUS daqueles que crêem em CRISTO. Por isso o evangelho foi pregado a todos; desde de Adão, com o cordeiro sendo morto para cobri-lo até os dia de hoje, todos têem cosciência de DEUS e de que precisam de um redentor. O homem sabe quando peca e sabe que o pecado ofende a DEUS e sabe que precisa  se arrepender e converter-se a DEUS.

1.  A eleição é CRISTO CÊNTRICA
2. É feita em CRISTO pelo seu sangue
3. É coletiva – um povo – São chamados com o fim de trabalhar para DEUS
4.  Chamados para a salvação e santidade – tem que ter fé e perseverança na              união com ELE (Cl 1:22,23)
5. É para todos os que quiserem. DEUS já fez sua parte, depende agora de cada um o aceitar ou não
6.  É fato passado, DEUS já nos elegeu desde a fundação do mundo.

          2-   Predestinação:
                 É decidir antes. É receber um destino antes de tomar posse desse destino. Por exemplo: não estávamos morando com DEUS no céu, mas estamos predestinados a isso desde o instante em que aceitamos a JESUS CRISTO como único e suficiente salvador.

1. Fomos chamados
2.Justificados
3.glorificados
4.conformados à imagem de filhos
5  declarados santos e inculpáveis
6.adotados como filhos
7 redimidos
8. participantes da mesma herança
9.feitos para louvor da SUA glória
10.Participantes do ESPÍRITO SANTO
11.Criados em CRISTO para as boas obras
12. É fato futuro, só recebido após ouvir e aceitar o evangelho da salvação em CRISTO JESUS. Depende do livre harbítrio. Ef 1.13
SE HOUVESSEM PREDESTINADOS  A SALVOS E OUTROS A PERDIDOS NÃO HAVERIA NECESSIDADE DE PREGAÇÃO DO EVANGELHO.

     3-    Redenção e Remissão:
         Redenção é referente ao pecador que foi comprado pelo sangue de CRISTO e recebeu o perdão de seus pecados.
Ver Lv 25 ver 1 Co 6
Remissão é referente aos pecados sendo cobertos e lavados pelo sangue de JESUS, é expiação.

                                                        
   
   4-    Selados:
                 É a marca de DEUS. Os Israelitas eram selados com a circuncisão feita na carne, por meio de mãos humanas, era sinal de aliança entre DEUS e seu povo. Agora somos selados , circuncidados no CORAÇÃO, pela palavra de DEUS que faz um profundo corte em nossa alma e nos dá o ESPÍRITO SANTO como selo de possessão de DEUS. ver jo 3 que sabemos que existe vento.
PENHOR = Ver Jo 14 – FIGURA DO CASAMENTO    
                                                         
               

TRÊS VERDADES SOBRE A SALVAÇÃO I Ts 5.8


INTRODUÇÃO: Jesus disse: A verdade vos libertará, Jo 8.36

1- O MUNDO INTEIRO ESTÁ DEBAIXO DE CONDENAÇÃO
A-   Os judeus pecaram, porisso estão debaixo de condenação
B-   Os gentios pecaram,  porisso estão debaixo de condenação
Cada criatura
pecou, porisso está sob condenação.

2- SOMENTE DEUS PODE SALVAR O PECADOR
B-   Somente Ele tem graça suficiente para salvar
C-   Somente ele tem poder suficiente para salvar
A-   Ele ofereceu Jesus para ser o nosso Salvador

3- CADA PESSOA TEM DIREITO Á SALVAÇÃO
B-   Basta arrepender-se, At 3.19
C-   Basta ter fé em Jesus, Jo 3.16
A-   Basta apropriar-se da salvação garantida, Jo 1.12

CONCLUSÃO: Por que não o fazer agora?


I Ts 5.9
I-   DEUS QUER QUE SEJAMOS SALVOS
2-     Ele sabe que somos pecadores
3-     Sozinhos não podemos salvar-nos
4-     Estamos perdidos, Rm 3.23
1-     Ele nos ofereceu Seu Filho
II-  QUE TIPO DE SALVADOR É CRISTO?
2-     Salvador poderoso, Hb 7.25
3-     Salvador único, I Tm 2.5
4-     Salvador gracioso, Ef 2.8
1-     Salvador e Senhor, Lc 2.11
III-  DE QUE JESUS NOS SALVA?
2-     Dos perigos da vida – Paulo, Daniel
3-     De enfermidades – como o leproso
4-     Da destruição – Noé, Jó
1-     Do pecado – Isaque, Samaritano
IV-  ELAS ESTÃO ESPIRITUALMENTE
2-     Na nossa justificação, Rm 5.9
3-     Na nossa purificação, I Jo 1.7
1-     Na nossa reconciliação, Ef 2.13; Cl 1.20
V-  ELAS ESTÃO PODEROSA EFETIVAMENTE
2-     Na celebração da ceia, I Co 11.25
4-     Nas vitórias da Igreja
5-     No cântico dos anjos, Ap 5.9
1.    Uma alegria que provêm de Deus, Lc 15.22-24
A.  Deus é a fonte de todo o gozo
B.   Deus se alegra com a salvação de um pecador, por ser mais um filho que nasce
2.    Uma alegria que está no coração de Jesus, Lc 15.4-6
A.  A alegria do Senhor é a nossa força Ne 8
B.   “O trabalho da sua alma Ele verá e ficará satisfeito”, Is 53
3.    Uma alegria que alcança os anjos, Lc 15.10
A. A alegria da salvacao contagia os anjos
B., Eles irradiam essa alegria por todo o Universo
4.    Uma alegria que inunda o coração do novo crente
A A  alegria de perder o peso do pecado
B. A alegria de entrar na família de Deus
5.    Uma alegria que deve contagiar a igreja
A. Cada novo convertido é uma vida que escapa do Inferno
B.  Cada novo crente é uma ovelha no santo Rebanho de Cristo


ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO (CPAD - BEP EM CD)

 Ef 1.4,5 “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo,
para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade, e
nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo,
segundo o beneplácito de sua vontade.”

ELEIÇÃO. A escolha por Deus daqueles que crêem em Cristo é uma doutrina importante (ver Rm 8.29-33;
9.6-26; 11.5, 7, 28; Cl 3.12; 1Ts 1.4; 2Ts 2.13; Tt 1.1). A eleição (gr. eklegoe) refere-se à escolha feita por
Deus, em Cristo, de um povo para si mesmo, a fim de que sejam santos e inculpáveis diante dEle (cf. 2Ts
2.13). Essa eleição é uma expressão do amor de Deus, que recebe como seus todos os que recebem seu Filho
Jesus (Jo 1.12). A doutrina da eleição abarca as seguintes verdades:
(1) A eleição é cristocêntrica, i.e., a eleição de pessoas ocorre somente em união com Jesus Cristo. Deus nos
elegeu em Cristo para a salvação (1.4; ver v. 1, nota). O próprio Cristo é o primeiro de todos os eleitos de
Deus. A respeito de Jesus, Deus declara: “Eis aqui o meu servo, que escolhi” (Mt 12.18; cf. Is 42.1,6; 1Pe
2.4). Ninguém é eleito sem estar unido a Cristo pela fé.
(2) A eleição é feita em Cristo, pelo seu sangue; “em quem [Cristo]... pelo seu sangue” (1.7). O propósito de
Deus, já antes da criação (1.4), era ter um povo para si mediante a morte redentora de Cristo na cruz. Sendo
assim, a eleição é fundamentada na morte sacrificial de Cristo, no Calvário, para nos salvar dos nossos
pecados (At 20.28; Rm 3.24-26).
(3) A eleição em Cristo é em primeiro lugar coletiva, i.e., a eleição de um povo (1.4,5, 7, 9; 1Pe 1.1; 2.9). Os
eleitos são chamados “o seu [Cristo] corpo” (1.23; 4.12), “minha igreja” (Mt 16.18), o “povo adquirido” por
Deus (1Pe 2.9) e a “noiva” de Cristo (Ap 21.9). Logo, a eleição é coletiva e abrange o ser humano como
indivíduo, somente à medida que este se identifica e se une ao corpo de Cristo, a igreja verdadeira (1.22,23;
ver Robert Shank, Elect in the Son (Eleitos no Filho). É uma eleição como a de Israel no AT (ver Dt 29.18-21
nota; 2Rs 21.14 nota; ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS).
(4) A eleição para a salvação e a santidade do corpo de Cristo são inalteráveis. Mas individualmente a certeza
dessa eleição depende da condição da fé pessoal e viva em Jesus Cristo, e da perseverança na união com Ele.
O apóstolo Paulo demonstra esse fato da seguinte maneira: (a) O propósito eterno de Deus para a igreja é que
sejamos “santos e irrepreensíveis diante dele” (1.4). Isso se refere tanto ao perdão dos pecados (1.7) como à
santificação e santidade. O povo eleito de Deus está sendo conduzido pelo Espírito Santo em direção à
santificação e à santidade (ver Rm 8.14; Gl 5.16-25). O apóstolo enfatiza repetidas vezes o propósito
supremo de Deus (ver 2.10; 3.14-19; 4.1-3, 13,14; 5.1-18). (b) O cumprimento desse propósito para a igreja
como corpo não falhará: Cristo a apresentará “a si mesmo igreja gloriosa... santa e irrepreensível” (5.27). (c)
O cumprimento desse propósito para o crente como indivíduo dentro da igreja é condicional. Cristo nos
apresentará “santos e irrepreensíveis diante dele” (1.4), somente se continuarmos na fé. A Bíblia mostra isso
claramente: Cristo irá “vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis, se, na verdade, permanecerdes
fundados e firmes na fé e não vos moverdes da esperança do evangelho” (Cl 1.22,23).
(5) A eleição para a salvação em Cristo é oferecida a todos (Jo 3.16,17; 1Tm 2.4-6; Tt 2.11; Hb 2.9), e
torna-se uma realidade para cada pessoa consoante seu prévio arrependimento e fé, ao aceitar o dom da
salvação em Cristo (2.8; 3.17; cf. At 20.21; Rm 1.16; 4.16). Mediante a fé, o Espírito Santo admite o crente
ao corpo eleito de Cristo (a igreja) (1 Co 12.13), e assim ele torna-se um dos eleitos. Daí, tanto Deus quanto
o homem têm responsabilidade na eleição (ver Rm 8.29 nota; 2Pe 1.1-11).

A PREDESTINAÇÃO. A predestinação (gr. proorizo) significa “decidir de antemão” e se aplica aos
propósitos de Deus inclusos na eleição. A eleição é a escolha feita por Deus, “em Cristo”, de um povo para si
mesmo (a igreja verdadeira). A predestinação abrange o que acontecerá ao povo de Deus (todos os crentes
genuínos em Cristo).
(1) Deus predestina seus eleitos a serem: (a) chamados (Rm 8.30); justificados (Rm 3.24; 8.30); (c)
glorificados (Rm 8.30); (d) conformados à imagem do Filho (Rm 8.29); (e) santos e inculpáveis (1.4); (f)
adotados como filhos (1.5); (g) redimidos (1.7); (h) participantes de uma herança (1.14); (i) para o louvor da
sua glória (1.12; 1Pe 2.9); (j) participantes do Espírito Santo (1.13; Gl 3.14); e (l) criados em Cristo Jesus
para boas obras (2.10).
(2) A predestinação, assim como a eleição, refere-se ao corpo coletivo de Cristo (i.e., a verdadeira igreja), e
abrange indivíduos somente quando inclusos neste corpo mediante a fé viva em Jesus Cristo (1.5, 7, 13; cf. At
2.38-41; 16.31).

RESUMO. No tocante à eleição e predestinação, podemos aplicar a analogia de um grande navio viajando
para o céu. Deus escolhe o navio (a igreja) para ser sua própria nau. Cristo é o Capitão e Piloto desse navio.
Todos os que desejam estar nesse navio eleito, podem fazê-lo mediante a fé viva em Cristo. Enquanto
permanecerem no navio, acompanhando seu Capitão, estarão entre os eleitos. Caso alguém abandone o navio
e o seu Capitão, deixará de ser um dos eleitos. A predestinação concerne ao destino do navio e ao que Deus
preparou para quem nele permanece. Deus convida todos a entrar a bordo do navio eleito mediante Jesus
Cristo.

sábado, 9 de março de 2013

ESTUDO PARA SUPERINTENDENTE COMO GESTOR DA EBD


               O SUPERINTENDENTE COMO GESTOR

Uma das funções principais do superintendente é a de gerir a Escola Dominical. Por mais “empresarial” que pareça essa constatação, ela não é nova e nem originalmente minha. Em outubro de 1967, portanto, há 43 anos, na quarta capa da extinta revista A Seara (CPAD), foram publicadas as “Bem-aventuranças da Escola Dominical”. Uma delas, dizia exatamente o seguinte: “Bem-aventurada a Escola Dominical administrada como um Banco, pois os seus negócios serão bem dirigidos e terão o respeito de todos”. Evidentemente que essa era uma “visão americanizada” de gestão, onde os bancos constituíam o paradigma, mas na realidade o autor quis ressaltar o princípio organizacional que deve permear a administração da Escola Dominical. Em outras palavras, ela precisa ser gerida de maneira inteligente e planejada.

   Mas, infelizmente, alguns gestores dominicais parecem insistir na prática de uma administração que se resume a distribuir cadernetas, pincéis, apagadores, lições e sinalizar o tempo com o auxílio da campainha! Nesse contexto, evidentemente que a Escola Dominical perderá toda a sua razão de ser, pois ela existirá apenas em função da observação de um tradicionalismo, mas totalmente esvaziada de seu real sentido. Por outro lado, não sou partidário do acompanhamento acrítico e indiscriminado de modelos de gestão que pulam aqui e acolá, como se o mero ato de acompanhá-los fosse o suficiente para manter a relevância e a razão de ser da Escola Dominical. É preciso articular o moderno e implementá-lo, de acordo com a realidade da Escola Dominical, com vistas a garantir a efetivação do processo educacional cristão.

Fala-se atualmente de diversos modos de gestão, desde a Teoria Geral dos Sistemas, a Teoria Geral da Administração e a Gestão Participativa e por aí vai. Contudo, em termos de gestão contextualizada, o modelo que foi sugerido por Jetro a Moisés (Êx 18.13-26), ainda permanece como uma das formas mais eficazes de administração. Isso porque gestão não é meramente o cumprimento de um roteiro inflexível de decisões alheias aos interesses coletivos. Nas palavras de Jetro, se Moisés o ouvisse e delegasse poder e partilhasse responsabilidades, Deus lhe daria as suas ordens, Moisés as cumpriria e, além disso, todo o povo voltaria para casa em paz (v.23), ou seja, haveria satisfação coletiva. Tal decisão está em consonância com a moderna ideia de gerir um educandário, pois gestão “significa tomada de decisões, organização, direção. Relaciona-se com a atividade de impulsionar uma organização a atingir seus objetivos, cumprir suas responsabilidades”.13 Em termos educacionais, a gestão democrática e eficaz garante que os seus princípios — os princípios da educação Humanizadora e integral — sejam assegurados e cumpridos. Isso porque o que está em jogo são o crescimento e o desenvolvimento das pessoas — educando, educadores, gestores, líderes, sujeitos e razão de ser da Educação Cristã

A educação laica está se tornando cada vez mais consciente do seu papel no processo de humanização dos seres humanos, e isso, em outras palavras, implica em compreender o “significado da gestão da educação, nos tempos hodiernos” a fim de garantir que ela cumpra seus propósitos. Colocado de outra forma, a gestão “necessita, a partir do seu sentido etimológico, ser vinculada às exigências do mundo globalizado com toda a sua complexa rede de determinações, tendo como referência fundamental a formação para a cidadania na ‘cultura globalizada’”.14 O que essa constatação quer dizer, é que a escola precisa formar cidadãos devidamente instrumentalizados para enfrentar os desafios dos novos tempos. Algo que não ocorrerá simplesmente por causa dos conteúdos ensinados, mas das políticas educacionais que os antecedem. Assim, gerir inteligente e participativamente, “Significa tomar decisões, organizar e dirigir as políticas educacionais que se desenvolvem na escola comprometidas com a formação da cidadania, no contexto da complexa ‘cultura globalizada’”.Vê-se que essa tarefa não é nada fácil, porém necessária, obrigatória e inadiável:

É um compromisso de quem toma decisões — a gestão —, de quem tem consciência do coletivo — democrática —, de quem tem a responsabilidade de formar seres humanos por meio da educação. Assim se configura a gestão democrática da educação que necessita ser pensada e ressignificada na “cultura globalizada”, imprimindo-lhe um outro sentido.16

Se a educação laica empreende essas mudanças por entender a importância de seu papel na sociedade, será que a Educação Cristã deve ficar aquém? Será que a parte ininterrupta da ordem dada pelo Senhor Jesus Cristo em Mateus 28.19,20 deve ser tratada como tem sido simplesmente porque alguém — subjetivamente — defende a errônea ideia de que estudar anula o fervor e a espiritualidade? É óbvio que a resposta é um sonoro “não”. No entanto, é preciso fazer com que essa conscientização se materialize no fazer pedagógico cristão, garantindo Educação Cristã de qualidade. Uma gestão democrática se faz com a participação de toda a comunidade de fé (expressão preferida de Lutero para referir-se à igreja), pois é por causa dela que a Educação Cristã existe e não o contrário. Nessa perspectiva, a “gestão democrática é uma prática cotidiana que contém o princípio da reflexão, da compreensão e da transformação que envolve, necessariamente, a formulação de um projeto político-pedagógico libertador”.17 E é evidente que, a partir da construção de tal projeto, será preciso uma representatividade, um extrato da comunidade de fé que, juntamente com o gestor da Escola Dominical, trabalharão para assegurar as decisões coletivas que garantirão a qualidade da Educação Cristã. Em Marketing para a Escola Dominical, oCiclo Organizacional e Administrativo da Nova Escola Dominical 18 representa um modelo adequado a essa perspectiva de gestão. 

V – O SUPERINTENDENTE COMO PESQUISADOR

Em face de tudo que anteriormente foi discutido e tendo em vista que o despretensioso objetivo desse texto é justamente demonstrar a necessidade de reorganização da Escola Dominical, iniciando por sua gestão para só então se pensar em reformas metodológicas, didáticas e de conteúdos, concluí-se que é preciso que o superintendente seja um ávido pesquisador das três grandes áreas que foram expostas. Isso se o gestor quiser minimizar o “abismo” que separa a realidade escolar cotidiana dos educando — principalmente crianças, adolescentes e jovens — da que eles se deparam dominicalmente em suas igrejas. E nem é preciso dizer que a resistência que alguns apresentam em Implementar as mudanças e romper com o paradigma  usual — mas já nitidamente superado — significa evasão escolar e falta de relevância da Escola Dominical na comunidade de fé. Algo que, com a “onipresença” midiática, não há mais possibilidade de os gestores dominicais protelarem, pois as janelas virtuais mostram que é possível fazer diferente aquilo que tradicionalmente se fazia da mesma maneira por anos a fio.

Os “meios de comunicação de massa”, a indústria cultural, as corporações da mídia são poderosos agentes culturais que influenciam decisivamente a educação, a socialização dos indivíduos e das coletividades, influenciando no modo pelo qual uns e outros se inserem na sociedade, na cultura, no mercado, na política etc. Em diferentes graduações, a mídia difunde, reitera ou altera quadros mentais de referência de indivíduos e coletividades em todo o mundo, tanto abrindo como delimitando horizontes, tanto fertilizando inquietações como influenciando suas expressões, podendo ser elemento ativo das diversidades e mudanças em todos os níveis da sociedade.

Essa é a realidade cada vez mais presente em nossas vidas. Se no mundo moderno sentíamo-nos perfeitamente adequados, no pós-moderno é a nova geração que convive sem praticamente nenhum choque e embate em seu dia a dia. Eles parecem ter sido feitos “sob medida” para viverem neste período da história. Agora nós, se não quisermos perder o “trem bala” da história (o a vapor aposentou-se há muito tempo), precisamos correr e nos adequarmos rapidamente, pois se assim não fizermos perderemos a chance de educar cristã-mente essa e a próxima Geração da Igreja 


CONCLUSÃO
Vimos que a missão do superintendente da Escola Dominical é uma tarefa das mais ingentes. Isso, longe de representar um desestímulo é um convite a excelência e a busca de superação no cumprimento do ministério outorgado àqueles que foram chamados para liderar a maior força voluntária do mundo: os professores de Escola Dominical. Além disso, se o gestor pensar no contingente que existe representado por cada aluno, família e comunidade que, indiretamente, serão alcançados por esse trabalho, verá que compensa todo e qualquer esforço.  

quarta-feira, 6 de março de 2013

ELIAS NO MONTE DA TRANSFIGURAÇÃO

             ELIAS NO MONTE DA TRANSFIGURAÇÃO MATEUS 17.1-8

INTRODUÇÃO: Jesus dissera, seis dias antes da Sua transfiguração que alguns então presentes não morreriam antes de vê-Lo no Seu reino. Mateus, Marcos e Lucas ligam cuidadosamente essa promessa à narrativa da Sua transfiguração. Portanto, essa cena deslumbrante “no monte santo” (II Pe 1:18) é uma amostra, um penhor, do reino de Cristo. Na transfiguração foi permitido aos homens um olhar momentâneo para dentro do reino prometido e ver o Rei na Sua formosura (Sl 27:4 e Is 33:17).

I – A TRANSFIGURAÇÃO:
Mc 9.2 cf Lc 9.37 - Foi após uma noite inteira de oração no deserto que Cristo convidou os três apóstolos. E, estando Ele orando, transfigurou-se a aparência de seu rosto. Sua intercessão resultou no milagre da transfiguração.
Lc 9.29 – É nas noites inteiras de oração que podemos esperar as experiências mais gloriosas:

(A) - O rosto para ser desfigurado por açoites e pela coroa de espinhos, então brilhava como o fulgor do sol;
(B) – As vestes que estavam destinadas a serem adquiridas pelo jogo, resplandeciam, não apenas como a neve, mas como a luz;
(C) – Em vez dos dois ladrões, um a cada lado do Senhor, havia Moisés e Elias;
(D) – Em vez das trevas ao meio dia, havia uma nuvem luminosa à noite;
(E) – Em vez de gritos do Senhor: - “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”, ouviu-se dos céus a voz de Deus-Pai: - “Este é meu Filho, o meu Escolhido, ouvio-O”.

A palavra “TRANSFIGURAÇÃO”, no original, também é encontrada em Rm 12.2 e II Cor 3.18.

Podemos ilustrar a transfiguração de Jesus por meio de um fato muito familiar a todos nós: O vidro de uma lâmpada elétrica tem a aparência de qualquer vidro; o filamento parece algum arame fino. Mas, ao entrar a energia elétrica, a lâmpada torna-se incandescente.
A transfiguração assinala um importante estágio na revelação de Jesus como o Cristo e Filho de Deus. Foi uma experiência semelhante à de Seu batismo – Mt 3.13-17; Mc 1.9-11; Lc 3.21 e ss.
Existem muitas características sobre esse relato que derivam sua significação do A.T..

(1) – Moisés e Elias representam a Lei e os Profetas a testificarem sobre o Messias, como coisas cumpridas e superadas por Ele.
(2) – Cada um deles teve uma visão da glória de Deus em uma montanha: Moisés, no monte Sinai (Ex 24.15); e Elias, no monte Horebe (I Rs 19.8).
(3) – Nenhum deles deixou neste mundo sepulcro conhecido – Dt 34.6; II Rs 2.11.
(4) – A lei de Moisés e a vinda de Elias são mencionadas juntamente nos últimos versículos do A.T. – Ml 4.4-6.
(5) – A voz celestial que disse: - “Este é meu Filho amado: a ele ouvi” – Mc 9.7, assinalou Jesus não apenas como Messias, mas, igualmente, como o Profeta de Dt 18.15 e ss.
(6) – A nuvem representa a coberta da presença divina – Ex 24.15-18; Sl 97.2 – houve uma nuvem que ocultou a Cristo da vista dos Seus discípulos, por ocasião da ascensão – At 1.9. A volta de Cristo será entre nuvens – Apc 1.7
(7) – Em Lucas somos informados que o assunto da conversa que Moisés e Elias tiveram com Jesus foi acerca do êxodos que Ele estava prestes a realizar em Jerusalém. Isso parece significar não simplesmente a Sua morte ressurreição como meio de redenção para o Seu povo, tipificado pelo êxodo do Egito, no A.T..

A transfiguração, por conseguinte, é um ponto focal na revelação do reino de Deus, pois olha de volta para o A.T. e mostra como Cristo o cumpria, e também olha para os futuros grandes eventos da cruz, da ressurreição, da ascensão e da parousia, ou seja, a manifestação gloriosa de Cristo.

Pedro equivocou-se por tentar fazer permanente aquela experiência. O que era necessário era a presença exclusiva de Jesus, e atenção à Sua voz.

II - PROFECIAS SOBRE O NASCIMENTO DO MESSIAS:
(1) – ELE NASCERIA DA SEMENTE DA MULHER – Gn 3:15 – Esta é a primeira referência sobre o Salvador do mundo; foram as palavras de Deus a satanás (a serpente).
(1.1) – O cumprimento está nas palavras de Paulo falando sobre Cristo – Gl 4:4 – Jesus nasceu para esmagar a cabeça da serpente (satanás) e reconduzir a humanidade a Deus.

(2) - ELE NASCERIA DE UMA VIRGEM – Cerca de oito séculos antes do nascimento de Jesus, Isaías profetizou: Is 7:14 - No idioma hebraico existem duas palavras com o significado de VIRGEM. Porém, entre ambas há uma pequena diferença que aumenta ainda mais a certeza de que o profeta Isaías, ao falar sobre a mãe do Messias, referiu-se a Maria, mãe de Jesus:

(A) - A primeira palavra utilizada com o sentido de virgem é BETHULAH = UMA MOÇA VIRGEM. Ela é empregada com relação à Rebeca (Gn 24:16); à esposa do sumo-sacerdote (Lv 21:13); nas leis da castidade e do casamento (Dt 22:14, 23, 28); com relação à filha de Jefté (Jz 11:37) e a respeito de Abisaque (I Rs 1:2-3). Porém, não foi esta a palavra utilizada pelo profeta Isaías.
(B) - A palavra utilizada em Is 7:14 é ALMAH = MOÇA VIRGEM, QUE ESTÁ NA IDADE DE SE CASAR, QUE TENHA SIDO PROMETIDA EM CASAMENTO OU JÁ CASADO, MAS QUE NÃO TENHA IDO PARA A COMPANHIA DO MARIDO. Esta era a situação de Maria: moça virgem, que já havia inclusive desposado José, mas ainda não coabitrada com ele.
(2.1) – Assim registrou o evangelista Mateus o nascimento de Jesus: Mt 1:18, 24-25; Lc 1:26-35.

(3) - O MESSIAS NASCERIA EM BELÉM - Mq 5:2 - Belém é também chamada a CASA DE PÃO. O Pão da Vida descido dos céus nasceria nos seus arredores! A esperança de que Cristo nasceria em Belém era muito antiga (Mt 2:4-6; Jo 7:42)
(3.1) - Cumpriu-se esta profecia em Jesus Cristo (Lc 2:4-7; Mt 2:1)

(4) - O MESSIAS SERIA HOMENAGEADO COM PRESENTES - Sl 72:10; Is 60:6 – No salmo messiânico sobre o rei justo e o seu reinado, vemos que o Messias receberia presentes.

Já o profeta Isaías profetizou sobre os presentes que seriam trazidos ao Senhor, cuja luz resplandeceria sobre Jerusalém. Ora, os magos que vieram adorar a Jesus e trazer-Lhe presentes eram orientais. Sabá e Sebá ficavam no Oriente, precisamente na Arábia, que é chamada em Gênesis de terra oriental – Gn 25:6.

(4.1) – Cumpriram-se estas profecias em Jesus – Mt 2:1, 11 - O que os magos trouxeram para presentear o menino Jesus, eram produtos genuinamente orientais.

(5) - HAVERIA MATANÇA DOS INOCENTES - Jr 31:15 – Jeremias escreveu esta profecia quase seis séculos antes do nascimento do Messias.

(5.1) – O cumprimento da profecia em Jesus - Mt 2:16-18.

(6) - O MESSIAS SERIA CHAMADO FILHO DE DEUS – O mais conhecido versículo no A.T. que revela a filiação divina do Messias está no livro de Salmos – Sl 2:7.
Mas foi no tempo do rei Davi que o Senhor Deus, através do profeta Natã, anunciou que enviaria Seu Filho, o Messias, para sempre – I Cr 17:11-14 cf II Sm 7:12-16

(6.1) - Houve o cumprimento em Jesus Cristo – No N.T. existem 41 referências a Jesus como Filho de Deus:

(A) – Os discípulos assim O reconheceram (Mt 14:33);
(B) – Pedro O confessou publicamente (Mt 16:16);
(C) – Natanael O confessou individualmente (Jo 1:4);
(D) - O centurião e os soldados romanos também reconheceram Sua filiação divina (Mt 27:54);
(E) – Até os demônios O reconheceram como Filho de Deus (Mt 8:29; Mc 3:11; 5:7; Lc 4:41);
(F) – Na ocasião do batismo de Jesus, o próprio Deus Pai O reconheceu como Seu Filho Mt 3:16-17 – Dentre todas as declarações, esta é a que tem maior peso e autoridade.
(7) – O MESSIAS SERIA DESCENDENTE DE ABRAÃO – Gn 12:7; 22:18

(7.1) – O cumprimento em Cristo – Mt 1:11 cf Gl 3:16

(8) - O MESSIAS SERIA DESCENDENTE DE ISAQUE - Gn 21:12.

(8.1) – O cumprimento em Jesus – Lc 3:23, 34 – Do verso 23 ao 34 vemos que a genealogia de Jesus mostra que Ele é descendente do patriarca Isaque

(9) - O MESSIAS SERIA DESCENDENTE DE JACÓ - Nm 24:17 – O livro de Números foi escrito cerca de 13 séculos antes do nascimento de Jesus.

(9.1) – O mesmo versículo de Lucas que mostra ser Jesus descendente de Isaque, revela que Ele é também descendente de Jacó – Lc 3:34

(10) – O MESSIAS SERIA DA TRIBO DE JUDÁ – Entre as bênçãos proféticas do patriarca Jacó sobre seus doze filhos, coube a Jduá a seguinte promessa – Gn 49:10.
SILÓ = PACIFICADOR. O profeta Isaías disse que Príncipe da Paz seria um dos nomes do Messias – Is 9:6

(10.1) – O cumprimento em Jesus - Mt 1:1; Lc 3:23, 33-34 – Uma leitura em linha reta (do verso 23 ao 34) mostra que Jesus é o descendente de Judá.

(11) - O MESSIAS FOI SERIA UM RENOVO NA CASA DE DAVI - Jr 23:5 – O ministério do profeta Jeremias iniciou-se em 625 a.C. e terminou por volta de 586 a. C. Portanto, quase seis séculos antes do nascimento de Jesus, aquele profeta falou sobre um Renovo que nasceria da descendência de Davi.

Mais de 100 anos antes do profeta Jeremias, Isaías havia escrito – Is 1:11

O rei Davi também falou destas promessas - Sl 132:11

(11.1) – O cumprimento em Jesus - Mt 1:1; 9:27; 15:22; 20:30; 21:9, 15; 22:41-46; Mc 9:10; 10:47-48; Lc 18:38-39; At 13:22-23; Apc 22:16 - Entre os judeus, a expressão FILHO DE… significa também DESCENDENTE DE…, DA FAMÍLIA DE…

(12) - O MESSIAS SERIA CHAMADO SENHOR – No salmo de Davi sobre o reino e o sacerdócio do Messias, lemos as seguintes palavras proféticas - Sl 110:1

(12.1) – O cumprimento em Jesus – Lc 2:11; 20:41-44 - Na verdade, Jesus Cristo é o Senhor do rei Davi e não propriamente seu filho. Jesus deixou bem claro para os escribas e saduceus que Ele, apesar de humanamente descender do rei Davi, estava acima dele como Rei dos reis e Senhor dos senhores.

(13) - O MESSIAS SERIA CHAMADO EMANUEL (DEUS CONOSCO) – Esta foi mais uma predição messiânica de Isaías - Is 7:14

(13.1) - O cumprimento em Jesus - Durante o relato do nascimento de Cristo, o evangelista Mateus comentou este fato - Mt 1:21-23

(14) - O MESSIAS SERIA PROFETA - Dt 18:18 – Desde o tempo de Moisés, já estava previsto que o Messias seria um profeta, aliás o maior de todos os profetas, devendo ser comparado em importância ao próprio Moisés.

(14.1) - Houve várias ocasiões em que os evangelistas Mateus, Lucas e João registraram que Jesus foi reconhecido como profeta: Mt 21:11; Lc 7:16; Jo 4:19; 6:14; 7:40

(15) - O MESSIAS SERIA SACERDOTE – Davi escreveu, quase mil anos antes do nascimento de Cristo, as seguintes palavras messiânicas - Sl 110:4.

Zc 6:9-15 – Lemos aqui o interessante relato da coroação de um homem chamado Josué. Ele era filho do sumo-sacerdote Jeozadaque. Sabe-se que o nome Josué em hebraico significa O SENHOR (JEOVÁ) É A SALVAÇÃO. O nome Jesus é a forma grega do nome Josué. A cerimônia de coroação descrita por Zacarias é, portanto, um ato simbólico, profético. Referia-se a Jesus, o Messias que havia de vir.

(15.1) – O cumprimento em Jesus – A carta aos Hebreus mostra a confirmação de Jesus como Sumo-Sacerdote – Hb 3:1; 4:14; 5:5-6; 7:26-28.

Hb 7:15 - a expressão SEGUNDO A ORDEM DE MELQUISEDEQUE = À SEMELHANÇA DE MELQUISEDEQUE

(16) - O MESSIAS SERIA JUIZ - Is 33:22

(16.1) – O cumprimento em Jesus - Ao explicar sua missão, Jesus Cristo disse em Jo 5:30. E o apóstolo Paulo, escrevendo a Timóteo sobre o zelo na pregação, disse: II Tm 4:1-2

(17) - O MESSIAS SERIA REI E ENTRARIA EM JERUSALÉM MONTADO EM UM JUMENTINHO – O salmista profetizou, bem como o profeta Zacarias anunciou a vinda do Rei de Sião, 500 anos antes do nascimento de Jesus - Sl 2:6; Zc 9:9

(17.1) - O célebre diálogo entre Jesus e Pilatos mostra que Jesus é Rei - Jo 18:33-37.

O evangelista Mateus nenhuma dúvida deixa a esse respeito, e menciona inclusive a inscrição que foi colocada no alto da cruz do Calvário - Mt 21:5; 27:37; Lc 19:32-38

(18) - O MESSIA TERIA A UNÇÃO ESPECIAL DO ESPÍRITO SANTO - Is 11:2; 42:1 – Coube ao profeta Isaías profetizar, cerca de sete séculos antes do nascimento de Jesus, que o Messias teria sobre o si o Espírito de Deus.

(18.1) – O cumprimento em Jesus - Assim está escrito no relato do Seu batismo - Mt 3:16-17 cf Mc 1:10-11; Lc 4:15-21

(19) - O MESSIAS TERIA ZELO PELO TEMPLO DO SENHOR - Sl 69:9

(19.1) – O cumprimento em Jesus - O Messias, zeloso pelas coisas de Deus, purificou o Templo, em cumprimento do que estava escrito a Seu respeito - Jo 2:14-16

(20) - UM MENSAGEIRO ANUNCIARIA A VINDA DO MESSIAS - Is 40:3; Ml 3:1 – Tanto o profeta Isaías (mais de 700 anos antes do nascimento do Messias), como o profeta Malaquias (mais de 400 anos antes do nascimento do nosso Salvador) profetizaram sobre alguém que viria para preparar o caminho do Senhor.

(20.1) – O cumprimento em Jesus - João Batista foi o mensageiro anunciador da vinda de Jesus Cristo, o Messias que havia de vir - Mt 3:1-2, 11-12; Jo 1:19-23, 29-31

(21) - O MESSIAS INICIARIA SEU MINISTÉRIO NA GALILÉIA - Is 9:1 – Falando sobre o nascimento e o reino do Príncipe da Paz – Jesus, o Messias -, o profeta Isaías revelou profeticamente (mais de sete séculos antes do fato acontecer) onde o nosso Salvador iniciaria seu ministério.

(21.1) – O cumprimento em Jesus - A confirmação da profecia de Isaías está em Mt 4:12-13, 17

(22) - O MESSIAS ENTRARIA NO TEMPLO – O livro do profeta Malaquias foi escrito mais de 400 anos antes do nascimento de Jesus. Porém, tanto ele quanto Daniel mostram que o Messias viria antes da destruição do Templo - Ml 3:1; Dn 8:26

(22.1) – O cumprimento em Jesus – - Mt 21:12 - Quando Jesus nasceu, o Templo em Jerusalém ainda estava de pé. No entanto, Jesus profetizou: Mt 24:1-2. Isto se cumpriu no ano 70 d.C., quando o general romano Tito e suas tropas o destruíra, e até hoje ele não foi reconstruído. Esta é mais um das irrefutáveis provas de que Jesus é o Messias que havia de vir!

(23) - O MESSIAS REALIZARIA MILAGRES – Esta foi outra grande profecia messiânica de Isaías, ao falar sobre o reinado do justo Rei. Não haveria dúvidas quanto aos seus milagres - Is 32:3-4; 35:5-6


(23.1) – O cumprimento em Jesus - Os milagres realizados por Jesus Cristo durante o Seu ministério maravilharam todo o povo (Mt 9:32-35; 11:1-5)

(24) - O MESSIAS USARIA PARÁBOLAS NOS SEUS ENSINOS - Sl 78:2

(24.1) – O cumprimento em Jesus - Mt 13:3-4

III - CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Na cena da transfiguração, há em miniatura, todos os elementos que se manifestarão no reino que há de vir:

(1) - O Senhor, não mais na Sua humilhação, mas em glória – Mt 17.2,
(2) – Moisés, glorificado, representando os redimidos que passaram pela morte para o reino – Mt 13.43 cf Lc 9.30-31.
(3) - Elias, glo­rificado, figurando os redimidos que entraram no reino, sendo trasladados (I Cor 15:50-53; Ts 4:14-17.
(4) – Pedro, Tiago e João, não glorificados, representando (na ocasião) Israel na carne dentro do reino futuro – Ez 37.21-27
(5) – As multidões, ao pé do monte, representam as nações que entrarão no reino depois de inaugurado sobre Israel – Mt 17.14 cf Is 11.10-12.